Governo venezuelano acusa Brasil de acolher terroristas
Em comunicado divulgado ontem, o governo da Venezuela afirma ainda que o Brasil deu caráter de refugiados a “cinco terroristas” e critica o tratamento oferecido pelo Brasil a eles.
Entretanto, o governo Maduro não apresentou provas dessa acusação. Tampouco o Itamaraty confirmou neste domingo ter concedido status de refugiados aos militares.
A informação mais recente sobre o caso divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores data do sábado (28). Numa nota conjunta com o Ministério da Defesa, o Itamaraty afirma que os militares foram encontrados em território brasileiro no dia 26 de dezembro e estavam prestes a iniciar “os procedimentos para a solicitação de refúgio no Brasil, a exemplo de outros militares venezuelanos em situação similar”.
A localização dos estrangeiros aconteceu durante a “Força Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida”, que acolhe imigrantes na fronteira.
Veja o comunicado do governo Maduro
O comunicado produzido pelo governo de Nicolás Maduro chama os cinco militares de “terroristas”. Diz o texto:
“O Governo da República Bolivariana da Venezuela rechaça categoricamente a decisão do governo da República Federativa do Brasil de dar condição de refugiados aos cinco terroristas, responsáveis materiais do assalto ao 513º Batalhão de Infantaria da Selva Mariano Montilla,
ocalizado em Luepa, Gran Sabana do Estado Bolívar, no último 22 de dezembro de 2019, onde se subtraíram 120 fuzis de assalto e 9 lança-granadas em uma operação violenta em que perdeu a vida um soltado de nossa Força Armada Nacional Bolivariana.”
O governo venezuelano chama de “insólita” a suposta decisão do governo brasileiro de dar refúgio aos cinco militares.
“A República Bolivariana da Venezuela denuncia ante a comunidade internacional esta insólita decisão que confirma o padrão de proteção e cumplicidade de governos satélites dos Estados Unidos para agredir a paz da Venezuela através de mercenários que confessaram seus crimes, sobre os quais existe demonstrada convicção de provas, treinados, pagos e protegidos por governos de países vizinhos.”
Fonte: Bahia.ba