Coronavírus: Vacina de Oxford é segura, indicam resultados preliminares
Nesta segunda-feira (20), os Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciaram que, de acordo com resultados preliminares, a vacina da universidade para a Covid-19 é segura e induziu resposta imune. Os resultados, que já eram esperados pelos pesquisadores, se referem às duas primeiras fases de testes da imunização. A terceira fase está ocorrendo no Brasil, entre outros países.
O efeito deve ser reforçado após uma segunda dose da vacina, segundo os cientistas.
Entenda a novidade anunciada:
- a vacina de Oxford é a mais adiantada, das que estão em pesquisa. Ela está sendo testada também no Brasil
- testes iniciais agora apontam que ela é segura e induz o corpo a reagir contra a Covid-19; o resultado é o esperado
- a fase 3, final, ainda está em andamento e ela é que irá determinar se há eficácia num grande número de pessoas
As fases 1 e 2 dos testes, que foram conduzidas simultaneamente no Reino Unido, tiveram 1.077 voluntários. Os ensaios mostraram que a vacina foi capaz de induzir a resposta imune tanto por anticorpos como por células T até 56 dias depois da administração da dose.
A resposta imune foi medida em laboratório. São necessários mais testes para confirmar se a vacina protege efetivamente contra infecções, disseram os cientistas.
Na fase 3 do estudo, ficará determinado se a vacina de fato protege a população, explicou Pollard.
Os cientistas ainda não sabem, exatamente, o quanto de resposta imune é necessária para combater a doença, lembrou o cientista.
Foi vista uma resposta por células T (células do sistema imune capazes de identificar e destruir outras células infectadas) 14 dias após a dose. Já os anticorpos, capazes de destruir o próprio vírus, foram identificados 28 dias após a administração da vacina.
Anticorpos neutralizantes podem se conectar ao vírus assim que eles entram no corpo e impedir que infectem as células. As células T não reconhecem o vírus “sozinho”, mas sim células infectadas com ele e destroem as células. “Os dois sistemas funcionam de forma complementar para combater a infecção”, explicou a cientista Sarah Gilbert, de Oxford.
A vacinologista Sarah Gilbert, também de Oxford, explicou que a eficácia da vacina ainda não foi testada em idosos.