Evento “Mulheres que Lutam” marca inclusão feminina em campeonato de jiu-jitsu em Lauro de Freitas
Um evento exclusivo ao público feminino reuniu cerca de 250 atletas no Ginásio de Esportes de Lauro de Freitas, no Centro da cidade, neste domingo (13).
Lutadoras, de 3 anos de idade aos 40 e mais, vestiram o quimono para disputar premiações no campeonato “Mulheres que Lutam”. Na média de 400 embates ao longo do dia, houve categorias mirim e do infanto-juvenil à absoluta roxa.
Promovido pela Federação Baiana de Jiu-Jitsu e MMA (FBJJMMA) e Instituto Renovação, com o apoio do Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas e da Bahiagás, o evento inédito “Mulheres que Lutam” foi aberto ao público, com limitação de apenas 50% da capacidade do local e protocolos sanitários de prevenção a Covid-19.
A prefeita Moema Gramacho prestigiou a abertura do evento ao lado do secretário municipal de Esportes (SETREL), Uilson de Souza, e da secretária municipal de Políticas para Mulheres (SPM), Juçara Neves, e de outras autoridades do município e do Estado. “Este evento marca a história de Lauro de Freitas, da luta pelo direito das mulheres. Um campeonato especial que reforça que o lugar de mulher é onde ela quiser”, disse Moema.
Segundo Ricardo Caldeira, diretor da FBJJMMA, o evento superou todas as expectavas. “O jiu-jitsu na categoria feminina tem crescido muito no país e principalmente na Bahia. As mulheres precisavam de um evento exclusivo para elas. A nossa expectativa era de ter umas 100 inscritas e tivemos mais de 200. Sem falar que o evento priorizou o trabalho feminino na organização”, relatou.
Ainda de acordo com a Federação Baiana de Jiu-Jitsu e MMA, outro evento exclusivo para mulheres deve acontecer no segundo semestre deste ano. Os embates do campeonato “Mulheres que Lutam” foram divididos por faixa, peso e idade, com premiações de primeiro, segundo e terceiro lugar.
Para a lutadora e professora de jiu-jitsu, Vanessa Araújo, o evento abre portas para que mulheres atletas possam desenvolver o seu potencial. “Estamos num evento gratuito, numa cidade que é celeiro de boas atletas. Vejo que minhas alunas vão sair daqui com mais vontade de treinar, porque ver outras mulheres de quimono incentiva e empodera muito. O espaço de luta é pouco dado às mulheres e isso aqui representa bastante”, ressaltou a campeã de campeonatos brasileiros, natural de Lauro de Freitas.