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Crime: Autor de violência contra mulher nas dependências da Sedur será intimado nos próximos dias

Nesta segunda-feira (1), a coordenadora de empreendedorismo e ação social da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), Anne Cristina Nogueira (44), acompanhada da presidente da entidade, Marinalva Nunes, estiveram na 16ª Delegacia Territorial (Pituba) para dar continuidade ao processo contra Giliarde Silva Santos. O crime de ameaças e agressões cometido por ele contra Anne aconteceu no dia 8 de julho nas dependências da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur). Não foi fácil para ela ter que relatar com detalhes ao escrivão do juizado criminal o lamentável fato ocorrido há quase um mês. Nos próximos dias, o agressor será intimado e deve prestar depoimento à polícia.

Como não há justificativas pessoais para o crime, já que os envolvidos não se conheciam previamente, a vítima acredita que os atos de violência tenham como motivação a misoginia, ou seja, o ódio ou aversão ao sexo feminino. Esta é a principal hipótese para a agressão que foi filmada pelas câmeras de segurança da Sedur. Funcionários do órgão testemunharam quando, por motivo fútil, Giliarde agrediu Anne Cristina com palavras de baixo calão, aos gritos. “Ele só não me bateu devido à interferência de terceiros. Só que sofre esse tipo de humilhação sabe o quanto dói. Espero que a lei e a justiça se cumpram para que ele pense dez vezes antes de ameaçar outra mulher”, declarou Anne Cristina que, neste caso, conta com a expertise do advogado criminalista Otto Lopes. 

Presidente do Grupo Gay da Liberdade e membro do Conselho Municipal para Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, “o acusado age contra as bandeiras das minorias que ele diz defender ao praticar atos violentos contra uma mulher”, declarou Marinalva Nunes. Como usava a camisa do vereador e candidato a deputado estadual Sandro Bahiense e estava acompanhado pelo filho deste no momento da agressão, o ato de Giliarde prejudica também a imagem deste e de outros homens públicos ligados ao acusado.

“Nenhuma mulher gosta de ser violentada física, verbal  ou emocionalmente. No entanto, muitas vezes, o medo das consequências é tão grande que o silêncio se torna o único meio de sobrevivência. Eu não irei me calar até que a justiça seja feita”, declarou Anne Cristina Nogueira, que continua recebendo o apoio de diversas entidades e profissionais que combatem a violência sofrida por mulheres.

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