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Lauro de Freitas: Estreia da CIA de Dança leva público a conhecer manifestações afro-baianas

Uma síntese das influências africanas e indígenas expressadas através do movimento do corpo, que fez reverência aos antepassados e afirmou identidades étnico-raciais, com o espetáculo “Sons e Cores da Bahia”. Esta foi a proposta de estreia da Cia Municipal de Dança de Lauro de Freitas, para o lançamento da companhia, ocorrido neste último sábado (20), no Cine Teatro de Lauro de Freitas.

A apresentação, com duração de uma hora, convidou a plateia a conhecer a arte da confecção de balaio, com uma homenagem ao mestre da cultura popular de Lauro de Freitas “Seu Balaieiro”, e a viajar ludicamente por manifestações afro-baianas, por meio de representações como pescadores, marisqueiras, capoeiristas e sambadeiras.

Outros aspectos marcantes do espetáculo foram os figurinos, que chamaram a atenção do público desde a representação de orixás a apresentação de maculelê com vestimentas tipicamente indígenas. A sonoplastia entrou em cena com instrumentos de percussão, além de cantos de religiões afro e sambas de roda.

Produtor do espetáculo, Denys Silva destaca que a Cia de Dança foi lançada para fortalecer a cultura e o turismo de Lauro de Freitas. “Este município é caminho para outros espetáculos como este. E nesses caminhos existem diversos hotéis, pousadas e um turismo muito forte na região. Então, a CIA que carrega manifestações afro-baianas, vem para agregar a essa força cultural e turística que temos aqui”, ressaltou.

Ricardo Andrade, coordenador executivo da Secretaria de Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial (Sepadhir) que apoia a CIA de Dança, reforça a constituição da companhia como uma ferramenta de luta. “O que foi visto hoje aqui é uma política de fomento, que através da cultura e das afirmações enfrenta as mazelas sociais e busca a garantia de direitos”, frisou.

Na plateia, Brisa Dórea avaliou que a CIA de Dança é um potencial fundamental de Lauro de Freitas e para a Bahia. “O recorte do espetáculo é moderno, pedagógico, dialoga com a juventude e as crianças. E como um movimento afro-baiano, não podemos deixar de falar que é uma representatividade da luta antirracista”, observou a coordenadora de acolhimento do Centro de Defesa dos Direitos da Pessoa LGBT da Bahia.

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