Camaçari: Sesau faz alerta sobre baixa vacinação infantil
Durante décadas, através da vacinação infantil, doenças como a poliomielite e o sarampo foram erradicadas no país. Contudo, devido aos baixos índices de vacinação, existe um risco elevado do retorno de algumas destas doenças.
Com o intuito de evitar tal retrocesso, que implicaria num risco à saúde de milhares de bebês, crianças e adolescentes, a Secretaria da Saúde (Sesau) de Camaçari convoca todos os pais e responsáveis a levarem seus filhos, com idade entre 1 e 14 anos, na unidade de saúde mais próxima para avaliação do cartão de vacina.
A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Covepi) da Sesau de Camaçari revela que a procura pela vacinação na cidade vem diminuindo nos últimos anos, mesmo tendo as vacinas disponíveis nos postos de saúde. Com isso, as coberturas vacinais no município estão reduzidas, representando baixa proteção das crianças contra doenças graves.
Até agosto de 2022, a cobertura vacinal (que representa o percentual de crianças menores de 2 anos completamente vacinadas) ainda está abaixo da meta estabelecida para proteção da população:
BCG (contra formas graves de tuberculose) – Meta de 90% – População vacinada 88,43%;
Pentavalente (contra hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae tipo B) – Meta de 95% – População vacinada 66,16%;
Poliomielite (contra paralisia infantil) – Meta de 95% – População vacinada 63,61%;
Pneumocócica 10 (contra infecções como Meningite e Pneumonia causadas por 10 tipos de pneumococos) – Meta de 95% – População vacinada 71,13%;
Rotavírus (contra doença diarreica causada por rotavírus) – Meta de 80% – População vacinada 65,12%;
Meningite C (contra doença meningocócica) – Meta de 95% – População vacinada 69,28%;
Febre amarela – Meta de 100% – População vacinada 52,09%;
Hepatite A – Meta de 95% – População vacinada 58,61%;
Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) – Meta de 95% – População vacinada 79,12%;
Referência técnica em imunizações da Covepi, Trícia Silva Santos destaca que, “apesar dos números serem melhores que em 2021, onde tivemos uma baixa maior, eles ainda são preocupantes. Por isso a importância da convocação para os pais e responsáveis levarem as crianças e adolescentes com idade entre 1 e 14 anos para atualização vacinal”.