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Camaçari: Família denuncia diretor de escola evangélica por abuso sexual

Homem é acusado de forçar relações com aluna de 13 anos e ameaçar a vítima com arma, caso ela contasse para alguém. Polícia investiga situação

A família de uma adolescente de 13 anos denuncia o diretor de uma escola evangélica de abusar sexualmente da menina, na cidade de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. O caso está sob investigação da Polícia Civil e é acompanhado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

De acordo com informações passadas ao iBahia pela mãe da vítima, que prefere não se identificar, a adolescente estudava na instituição de ensino, que é particular, quando os abusos aconteceram. Uma das abordagens teria ocorrido na casa da família, em um momento em que os pais da menina não estavam no imóvel.

“Ele aproveitou que minha filha estava sozinha e foi na minha casa. Ela me disse que abriu a porta porque ele disse que iria fazer uma atividade”, contou.

O caso foi descoberto em julho deste ano, depois que a mãe da adolescente desconfiou de comportamentos estranhos da filha e a questionou o que estava acontecendo. Depois que a menina se abriu com a mãe, a mulher registrou ocorrência contra o suspeito e retirou a menina da escola.

“Ela sempre foi uma adolescente muito quieta, caladinha, reservada, e, do nada, começou a ficar arredia. A gente falava as coisas e ela retrucava. Coisa que ela nunca fez. Eu estranhei e comecei a tentar descobrir. Uma das amigas dela disse que ele gostava de brincadeiras que não eram adequadas. Então, eu cheguei e perguntei. Ela se abriu”, disse.

Segundo a família, além de manter relações sexuais com a adolescente, o homem ainda teria enviado vídeos íntimos para o celular da vítima, por meio de um aplicativo de mensagem. O suspeito ainda é acusado de ameaçar a garota com uma arma, caso ela contasse algo para a família.

“Ele ameaçou e disse que não era para falar nada porque ele tinha uma arma em casa e não daria em nada”, conta a mãe da menina.

A família tinha decidido manter o caso reservado, mas mudou de ideia depois de receber uma carta com pedido para que os pais da adolescente repensem a denúncia. “Tocaram a campainha e jogaram dentro de casa. Não sabemos quem é a pessoa que trouxe”.

A carta tem teor evangélico e foi dividida em vários parágrafos, tendo a palavra satanás repetida algumas vezes em negrito. Um trecho do pedido diz: “Nunca é tarde para amar, perdoar, se arrepender, repreender a força do mal e deixar Deus agir”. 

Ainda segundo a família, o homem já foi ouvido pela polícia, mas foi liberado após o depoimento. Uma audiência com o MP-BA deve acontecer no dia 3 de outubro, com a família e o suspeito.

Enquanto a audiência não acontece, a menina segue fazendo acompanhamento psicológico e a família busca por justiça. “Minha filha está fazendo consulta com o psicólogo. Mudou tudo. Não é mais como era antes”.

Em nota, a Polícia Civil informou que a 18ª Delegacia Territorial de Camaçari instaurou um inquérito e apura a denúncia. No comunicado, a corporação ainda diz que “mais detalhes não podem ser passados, considerando que este tipo de crime corre em segredo de Justiça”.

Fonte: IBahia.

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