Polícia: Cuidadora de idosos escondia laços com facção
A cuidadora de idosos foi presa na companhia do filho; eles são suspeitos de vender drogas.
Uma cuidadora de idosos e mãe de dois jovens jamais levantaria suspeita de que estava envolvida com a maior organização criminosa do país: o Primeiro Comando da Capital (PCC). Quem via Rosana Dutra, 42 anos, na rua também não poderia imaginar que ela era a responsável por sentenciar os desafetos do grupo criminoso, que morriam durante o “tribunal” do poder paralelo. O caso foi divulgado pelo programa Cidade Alerta, da Record TV.
A cuidadora de idosos morava em uma casa singela de número 38, em um bairro simples de Cabreúva, cidade do interior de São Paulo. A polícia encontrou dentro do sofá da residência drogas como cocaína, maconha, lança perfume e K2, conhecida também como spice, que eram comercializadas por toda a família da suspeita.
Carta
Mas na residência havia uma outra prova de que Rosana pertencia ao mundo do crime. Os agentes acharam uma carta que teria sido escrita dentro de um presídio por um detento. Nela, o homem pede para que a mulher cobre dinheiro a algumas pessoas. Além disso, deixa uma ordem: caso neguem a entregar o dinheiro, todas devem ser mortas no “tribunal do crime”.
De acordo com o responsável pelas investigações, o delegado Marcel Fehr , a pessoa que endereçou a carta à cuidadora de idosos pode ser um “funcionário” da família, que atuava na venda de drogas e que, possivelmente, foi presa por tráfico. Rosana e um filho foram presos. A filha dela, menor de idade, foi apreendida pela polícia.
“Essa carta foi escrita por uma pessoa que ainda não identificamos, mas que está presa em uma cadeia do estado de São Paulo. Ela pede para que a suspeita preste auxílio material porque está segurando o ‘BO’ da família. Uma pessoa que pode ter sido presa no lugar dessa família, um funcionários deles. Ela também pede um pagamento de R$ 6 mil para um advogado e solicita que a mulher busque o dinheiro com pessoas que podem fazer esse pagamento. Escreve que, caso elas não queriam pagar, a mulher saberia quem chamar para levá-las para uma região onde supostamente seriam realizados os ‘tribunais do crime'”, disse Fehr.
Fonte: BNews.