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‘Sabiam da rotina dele’, diz irmão de personal morto em academia

A família de Sandro Vinagre Alves Pereira, 40 anos, que foi executado com quatro tiros dentro da própria academia no bairro de Ipitanga, em Lauro de Freitas, acredita que quem planejou a morte sabia detalhes da rotina da vítima. De acordo com o irmão mais novo Madson Alves, 37, Sandro foi morto cerca de 30 minutos após chegar ao local.

“Ele tinha acabado de chegar para trabalhar por volta das 17h30, o horário dele ali. Além de professor, ele era dono da academia. Então, as pessoas que fizeram isso sabiam da rotina dele e a hora em que ele estaria no local. Ou seja, estavam esperando”, diz Madson, que foi ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo do irmão. Sandro foi enterrado na tarde dessa terça-feira (19), no Cemitério Bosque da Paz.

A reportagem apurou que a academia não tinha câmera de segurança. Mas na Rua Joaquim de Carvalho Campos, onde funciona o estabelecimento, existe uma câmera que pegou a imagem da moto em que dois homens teriam chegado. As imagens da câmera, no entanto, não foram capazes de captar a identificação da placa da moto dos suspeitos, de acordo com uma fonte da polícia.

A 23ª Delegacia (Lauro de Freitas) está investigando o caso. Procurada, a Polícia Civil informou que dois homens encapuzados entraram na academia e efetuaram os disparos. No entanto, não revelou se vai utilizar imagens para chegar aos autores. 

Sobre a motivação do crime, familiares não sabem explicar quem poderia ter a intenção de matar Sandro.

“Nunca teve rixa com ninguém, nada de conflito. A gente mora em Ipitanga há 13 anos e ele sempre foi um cara do bem, simpático. Todo mundo está abalado porque foi uma surpresa, estão todos sem conseguir entender. Você pode conversar lá na rua e vê que todo mundo gostava dele”, completa Madson, relatando que familiares estão muito abalados com a situação.

Sandro tinha 40 anos, recém-completados no dia 13 de setembro. No último sábado (16), comemorou o aniversário com familiares e amigos. Ele não tinha filhos e era o segundo de três irmãos. Além de Madson, Sandro tinha uma irmã mais velha.

De acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência em Salvador e na região metropolitana, 164 pessoas foram mortas em crimes de execução no período de 1º de janeiro a 18 de setembro deste ano. No segundo semestre do ano passado, foram 36. O instituto caracteriza a execução em crimes com múltiplos disparos na direção da vítima.

Fonte: Correio.

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