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SSA Mapping une arte e arquitetura com projeções na Igreja do Bonfim

Entre 2 e 8 de outubro, a Igreja do Bonfim, na Cidade Baixa, se transformou numa verdadeira tela para a exibição de obras visuais. Com luzes vibrantes delineadas pelo formato da igreja, 28 obras foram projetadas ao longo da semana, pelo festival SSA Mapping. No domingo (8), último dia de festival, a Colina Sagrada recebeu cerca de sete mil pessoas.

12 artistas do videomapping, ou VJs, tiveram suas artes exibidas nas paredes no dia final do SSA Mapping. Foram eles Ani Ganzala, Erms, Isabela Seifarth, Kambô, Kauê Lima, Lê Pantoja, Letícia RMS, Não Consta, NTHLCRVLH, P4nick, Paulo Cantowitz e Vi Amoras. Para assistir ao show audiovisual, os visitantes puderam acomodar-se em cadeiras de praia posicionadas em frente à igreja.

Além da exposição das obras, o SSA Mapping contou com uma feira de artes, uma feira gastronômica e uma área com performances interativas para pessoas de todas as idades, localizadas na Colina Sagrada.

Antes da exibição, o padre Edson de Menezes, pároco da Basílica do Senhor do Bonfim, falou sobre a importância de levar a arte para o ambiente da igreja e de celebrar a diversidade. 

“Este lugar é o lugar da convivência com o diferente. Aqui, pulsa o sincretismo religioso, que faz parte da nossa cultura, da nossa vida, da nossa religiosidade. Viva a Bahia de todos os santos, viva a Bahia de todos os orixás”, disse.

Esta edição foi a primeira a sair da região central da cidade. O SSA Mapping teve sua estreia em 2017, na Praça Municipal, projetando imagens sobre o Palácio Rio Branco. No ano seguinte, foi no Campo da Pólvora, com projeções no Fórum Ruy Barbosa. Em 2021, a tela foi o Arquivo Público da Bahia, na Baixa de Quintas, numa edição virtual. 

Para Enrique Iglesias, um dos idealizadores do projeto, levar o festival para o Bonfim ajuda a democratizar a arte do videomapping. “A gente observa que conseguiu trazer muita gente da região do Bonfim, da Ribeira, do Uruguai, que ficaram sabendo pela divulgação. A gente conseguiu atingir um público que não seria atingido se fosse do outro lado da cidade, então foi ao mesmo tempo surpreendente e gratificante”, diz. 

Uma dessas pessoas foi Nívea Maria, de 43 anos, que mora perto da igreja. Neste domingo, ela aproveitou o tempo livre para levar a filha, Maria Alice, de sete anos, para ver as projeções. “A gente não tem esse tipo de produção disponível facilmente pela cidade, então eu achei a iniciativa interessantíssima. Ela adora luzes, música, então eu a trouxe”, diz.

Fonte: Correio.

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