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Dercca realiza roda de conversa sobre os perigos da internet para as crianças

Atualmente, a internet é um dos lugares mais inseguros para os pequenos. Foi com esse pensamento que a delegada Simone Moutinho, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), iniciou a roda de conversa sobre o abandono digital na tarde desta terça-feira (10), na Livraria Leitura do Salvador Shopping. 

O encontro reuniu pais e filhos, que, juntos, tiveram a oportunidade de dialogar e repensar os perigos e cuidados no uso de jogos on-line e redes sociais. Entre as dicas da especialista, estavam desinstalar jogos com possibilidade de interação com estranhos, controlar o tempo diário das crianças na internet, não deixar que elas tenham computadores ou notebooks no quarto, e sim num lugar visível para todos da casa e, acima de tudo, manter o diálogo.

“É importante que as pessoas tenham conhecimento de como lidar com redes sociais. Crianças vêm sofrendo abusos de toda ordem, desde o cyberbullying à exploração sexual na internet, justamente pelo mau uso da web. É claro que através da internet nós temos acesso à cultura, informação e entretenimento, mas também muitos perigos. Cabe aos pais não negligenciar os filhos. O cuidado parte de casa”, diz a delegada. 

Uma das mães presentes no evento foi Laise de Almeida, de 36 anos, que levou sua filha, Mirella, de seis anos. Para ela, foi importante ir com a menina, que gosta de jogos digitais, para aprenderem juntas sobre as precauções que devem ser tomadas nas redes. “Precisamos mudar muitas coisas. Eu não sabia, por exemplo, que os jogos que ela gosta têm espaços de conversa. Agora, nós vamos controlar mais e ficar mais atentos”, afirma.

Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2021, 93% das crianças e dos adolescentes entre nove e 17 anos estão conectados à internet no Brasil. Em sua fala, Simone destacou que metade dos pais brasileiros não fiscalizam esse uso. 

A rentabilidade do mercado crescente de pacotes de pornografia on-line foi outro ponto ressaltado pela especialista. “Tudo começa com o aliciamento nas redes. A maioria dessas fotos são conseguidas porque as crianças postam, porque foram envolvidas ou porque elas sofrem uma grave ameaça para aquilo nos estupros virtuais. Os predadores estão em todas as partes e há muito pouca informação, então é legal quando eu faço pais e filhos conversarem sobre isso junto com a polícia, terem essas informações e trocarem impressões”, afirma.

O evento integra a programação do “Outubro dos Guardiões”, promovido pela Dercca em parceria com o Salvador Shopping, em alusão ao mês das crianças, que tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a proteção do público infanto-juvenil.

Fonte: Correio.

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