Anvisa adia decisão sobre comercialização de autotestes para dengue
A decisão sobre a comercialização de autotestes no Brasil, que estava prevista para a reunião desta terça-feira (19) da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi adiada e retirada da pauta.
O diretor Daniel Pereira justificou a solicitação de retirada do item, argumentando a necessidade de prosseguir com os “alinhamentos” relacionados ao tema junto ao Ministério da Saúde.
Na semana anterior, o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, já havia mencionado que as negociações para a comercialização de autotestes para dengue estavam em andamento entre o ministério e a Anvisa.
Marília Santini, coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública do ministério, confirmou as tratativas com a Anvisa, esclarecendo que o teste rápido e o autoteste são essencialmente o mesmo dispositivo, diferindo apenas no modo de aplicação: o primeiro é realizado por um profissional de saúde, enquanto o segundo pode ser feito pelo próprio paciente.
Ela ressaltou que, ao contrário do cenário da covid-19, em que os autotestes contribuem para interromper a transmissão do vírus, o autoteste de dengue não desempenha esse papel, já que a doença é transmitida exclusivamente pela picada do mosquito Aedes aegypti.
