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Lula teve apoio de Aécio e dois votos contra do PT no caso da saidinha

Na terça-feira (28), Lula sofreu uma derrota com a ajuda de dois parlamentares do PT, a deputada federal Maria do Rosário (RS) e o senador Fabiano Contarato (ES). Entretanto, o presidente recebeu um apoio inesperado do deputado Aécio Neves (PSDB-MG).

Aécio, historicamente adversário do PT, afirmou que Lula tomou a decisão correta ao vetar o projeto que acaba com as saidinhas de presos. Ele declarou: “Essa discussão ficou extremamente rasa, como várias outras. Meu voto foi absolutamente consciente, vindo de quem governou um estado com alguns dos melhores indicadores de ressocialização de presos no país”, referindo-se ao seu mandato como governador de Minas Gerais de 2003 a 2010.

Aécio destacou que, apesar da polarização entre Lula e Bolsonaro, é necessário considerar as consequências dos atos. “Por mais que fosse mais cômodo votar com a maioria, eu votei com a minha consciência e compreensão de que a derrubada desse veto aumentará a tensão no sistema prisional brasileiro, que já é uma panela de pressão.”

Entre os 12 deputados do PSDB que votaram na sessão do Congresso, nove se opuseram a Lula e apenas três, incluindo Aécio, Paulo Abi-Ackel (MG) e Geraldo Resende (MS), votaram a favor do presidente. Aécio reiterou que, apesar da oposição do PSDB ao governo de Lula, ele considerou o veto acertado e votaria da mesma forma novamente.

O senador Contarato, que já havia anunciado publicamente sua intenção de votar contra o veto de Lula, argumentou que o projeto havia sido aprovado por ampla maioria no Senado. A deputada Maria do Rosário, pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre, não se manifestou sobre seu voto.

Entre os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, apenas Guilherme Boulos (PSOL) votou para manter o veto de Lula, que permitia a saída temporária de presos para visitarem familiares em datas comemorativas. Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União Brasil) votaram para derrubar o veto.

Apesar de Lula ter sinalizado a seus ministros e equipe de articulação que considerava prioritário manter seu veto, o Congresso acabou anulando a medida com o apoio de 314 deputados federais e 52 senadores.

Os pré-candidatos à presidência da Câmara também se dividiram: Antonio Britto (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) votaram a favor do governo, enquanto Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) votaram contra. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), favorito para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado, votou pela derrubada do veto de Lula.

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