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Deputado federal baiano pede reembolso por estadia em hotel de luxo no Rio de Janeiro com diária de R$ 4 mil

O deputado federal João Carlos Bacelar (PL), conhecido no cenário político da Bahia como “Jonga Bacelar”, utilizou parte de sua cota parlamentar em maio para solicitar reembolso de uma estadia em um hotel de luxo no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro.

De acordo com o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, a diária no Fairmont Rio de Janeiro Copacabana custou R$ 4.173,66. Este hotel, situado na Avenida Atlântica, próximo às praias de Copacabana e Ipanema, é o primeiro da América do Sul a ostentar a bandeira de luxo da tradicional rede Accor.

Conforme a nota emitida pelo hotel, disponível na seção de hospedagem da cota parlamentar, Jonga Bacelar fez check-in no dia 4 de maio, um sábado, e saiu no dia seguinte. Sem atividades da Câmara em Brasília nos finais de semana, vale destacar que a estadia do deputado coincidiu com um show da popstar Madonna no Rio.

O encerramento da turnê da cantora, um dos eventos mais aguardados dos últimos anos, reuniu mais de 1,6 milhão de pessoas na orla de Copacabana. O show foi gratuito.

Segundo os dados de transparência, o reembolso da hospedagem foi integral, uma prática comum entre os deputados no uso da cota parlamentar.

Descontando tributos e encargos, a nota fiscal do hotel indica que a diária custou R$ 3.613,55. O Bahia Notícias simulou reservas para junho no site do Fairmont e encontrou um valor próximo ao pago pelo deputado na “Suíte Family Ouro”. Este quarto de 55 m² inclui uma cama king size, sala separada, varanda e acesso ao lounge executivo do hotel.

USO DA COTA PARLAMENTAR
Essa não é a primeira vez que Jonga Bacelar aparece nas notícias devido ao uso de sua cota parlamentar. Em março, o Bahia Notícias revelou que ele utilizou parte de sua cota de janeiro para abastecer embarcações. Em duas ocasiões, em janeiro de 2024, o deputado gastou valores em combustível em marinas de Salvador e de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Após a publicação da matéria, o deputado afirmou que houve um erro de seu gabinete ao anexar as notas fiscais no sistema da Câmara e efetuou o reembolso dos valores.

Além disso, em 2018, foi divulgado que, durante o recesso daquele ano, ele gastou R$ 967 no Posto Bahia Marina, em Salvador.

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