Ditadura da Venezuela nega a existência de mandados de prisão contra Corina e González
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que não há mandados de prisão contra María Corina Machado e Edmundo González Urrutía, líderes da oposição ao regime de Nicolás Maduro. Em entrevista à rádio Caracol, Saab confirmou uma investigação sobre incêndios criminosos em prédios públicos, mas não mencionou nomes dos investigados. Ele declarou que qualquer dirigente que incite atos de terrorismo será detido.
Após as eleições, Saab acusou Corina de envolvimento em um suposto ataque ao sistema eleitoral, e outras autoridades do regime pediram a prisão dela e de González. Diante das ameaças, o governo da Costa Rica ofereceu asilo a ambos e a outras figuras da oposição. Corina e González têm convocado manifestações para denunciar uma suposta fraude eleitoral.
O regime diz ter prendido mais de 1.200 pessoas nos protestos, e a ONG Human Rights Watch relatou mais de 20 mortes nas manifestações, que Saab atribuiu à violência dos próprios manifestantes. No sábado (3), Corina discursou para apoiadores em Caracas, reiterando a acusação de fraude eleitoral. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a reeleição de Maduro com 52% dos votos, mas a oposição publicou documentos alegando a vitória de González com 67% dos votos.