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Mulheres ganham 19,7% a menos que homens na Bahia, revela Ministério do Trabalho

As mulheres na Bahia recebem, em média, 19,7% a menos do que os homens, conforme aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, elaborado pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, com foco na questão de gênero. Os dados foram extraídos de informações fornecidas por empresas com 100 ou mais funcionários. O relatório destaca que a remuneração média dos homens no estado é de R$ 3.207,93, enquanto a das mulheres é de R$ 2.576,67.

Apresentado na última quarta-feira (18), o relatório contou com a participação de 2.015 empresas baianas, que juntas empregam 752,2 mil pessoas. No primeiro relatório, divulgado em março, foi constatado que as mulheres ganhavam em média 82,7% do que era pago aos homens, ou seja, 17,3% a menos. Naquela ocasião, 2 mil empresas relataram informações sobre 743,6 mil trabalhadores.

A diferença salarial entre homens e mulheres na Bahia também varia de acordo com a categoria profissional. Em cargos de direção e gerência, por exemplo, a disparidade chega a 23,9%. Quando o relatório foca na questão racial, revela-se que há muito mais mulheres negras empregadas (208,7 mil) do que não negras (74,6 mil), porém as negras ganham, em média, 14,8% menos. Entre os homens, a diferença salarial entre negros e não negros é de 15,8%.

O relatório também aponta que, na Bahia, 51,7% das empresas possuem planos de cargos e salários; 37,2% promovem políticas para incentivar a contratação de mulheres; 36,3% incentivam a promoção de mulheres para cargos de direção e gerência, e 30,2% promovem políticas para a contratação de mulheres negras. No que se refere à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 19,2% das empresas adotam políticas nesse sentido.

A Lei de Igualdade Salarial exige que mulheres e homens que desempenham as mesmas funções, com igual produtividade e eficiência, recebam salários equivalentes.

Além disso, o relatório apresenta dados sobre a existência de políticas empresariais que incentivam a contratação de mulheres, como a flexibilização de horários de trabalho para apoiar a parentalidade e outras medidas que favorecem a entrada, permanência e progressão de mulheres no mercado de trabalho.

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