Ministério da Justiça chama influenciadores digitais para participar de rede de proteção de crianças e adolescentes
Na última segunda-feira (11), 25 influenciadores digitais se reuniram no Palácio da Justiça para discutir formas de construir um ambiente virtual mais seguro para crianças e adolescentes. O encontro fez parte do projeto Redes de Proteção e teve como objetivo promover uma colaboração entre o Governo Federal, a sociedade civil, produtores de conteúdo e representantes de plataformas digitais, visando à proteção de meninos e meninas na internet.
A iniciativa foi organizada pela Secretaria de Direitos Digitais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com a instituição Redes Cordiais, com apoio do YouTube, TikTok, Discord e Xavier Vasconcelos Advogados. Participaram influenciadores que produzem conteúdos voltados para crianças, adolescentes ou seus responsáveis, além de jornalistas, psicólogos, pediatras e educadores.
A programação incluiu duas rodas de conversa sobre educação midiática, controle parental e segurança digital, além de uma visita ao Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do MJSP, que atua na prevenção e investigação de crimes virtuais no Brasil. Também foi realizada uma mesa de discussão sobre políticas públicas, com representantes da Casa Civil, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, do MJSP e da Polícia Federal.
O evento foi encerrado com a participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da diretora de Direitos Digitais do MJSP, Nathalie Fragoso.
Rodas de conversa
Na primeira roda de conversa, representantes de plataformas digitais debateram responsabilidade e segurança on-line. Entre os participantes estiveram Pilar Ramirez, vice-presidente do International Centre for Missing & Exploited Children; Gustavo Ramos Rodrigues, gerente de políticas públicas do TikTok no Brasil; Gabriel Recalde, responsável por políticas públicas do Discord na América Latina; e Érika Alvarez, gerente de políticas públicas do YouTube no Brasil.
Na segunda roda, foi discutida a proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual, com Maria Mello, coordenadora de projetos do Instituto Alana; Karen Scavacini, especialista em saúde mental e CEO do Instituto Vita Alere; e Vanessa Cavalieri, juíza e diretora de Direitos Humanos da Associação de Magistrados do Rio de Janeiro.
Essas discussões buscaram engajar influenciadores na criação e disseminação de conteúdos educativos, promovendo o uso de ferramentas de controle parental e a identificação de sinais de problemas de saúde mental, como depressão, dependência ou envolvimento com grupos extremistas.
Construção de alianças
A secretária de Direitos Digitais, Lílian Cintra de Melo, destacou a importância da iniciativa como um passo fundamental para garantir a segurança digital de crianças e adolescentes. Segundo ela, o evento representou uma aliança estratégica entre o Governo e os influenciadores para promover os direitos dessa faixa etária no ambiente virtual.
Clara Becker, cofundadora do Redes Cordiais, reforçou o papel estratégico dos influenciadores digitais na conscientização sobre segurança on-line. “Quando influenciadores, pais, responsáveis, educadores e jovens conhecem melhor as ferramentas disponíveis, eles se tornam aliados importantes no fortalecimento de uma rede de proteção digital”, afirmou.
Influenciadores participantes
Entre os participantes estiveram Armando Colussi, Cecília Dassi, Cris e Paulo Coimbra, Eduarda Duarte, Erick Clepton, Fernando Fernandes, Hallison Paz, Januária Alves, Jooj Natu, Juliana Braga, Lua Barros, Luiza Brunet, Márcia Tosin, Mariana Fulfaro, Natália Bastos, Rosilene Costa, Tadeu França, Sheylli Caleff, Shirley Hilgert e Yasmin Garcez.
