“Se o povo pobre é quem paga nosso salário é para eles que temos que criar o consenso”, alegou Jerônimo Rodrigues
Durante a inauguração do Centro de Autocomposição e Construção de Consensos (Compor), coordenado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), nesta quinta-feira (13), o governador Jerônimo Rodrigues destacou a relevância da resolução consensual de conflitos, especialmente para aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade.
“O povo da Bahia é quem paga o nosso salário, e é para ele que devemos trabalhar. Não estamos aqui para servir a promotores ou promotoras, mas para atender àqueles que mais precisam. Se há pessoas que, muitas vezes, não têm o que comer e ainda assim sustentam o sistema, é para elas que devemos criar consensos, garantir direitos e formar bons advogados”, afirmou.
O governador também enfatizou que essa iniciativa está alinhada aos princípios da democracia, ressaltando que o conceito democrático vai além da teoria e se traduz em necessidades concretas:
“A democracia não é algo frágil ou superficial. Muitas vezes, no meio intelectual, discutimos termos complexos, mas para quem não tem onde morar, democracia significa habitação. Para outros, significa um prato de comida. Para muitos, é ter acesso a uma escola de qualidade.”
Jerônimo ressaltou ainda que a ampliação dos direitos fortalece a democracia: “Vamos construindo esse conceito à medida que garantimos acesso a bens e serviços antes inacessíveis, como estradas, abastecimento de água e o apoio de uma Defensoria Pública atuante. Espero que a busca pelo consenso na resolução de conflitos seja cada vez mais valorizada e cobrada pela sociedade.”
Por fim, o governador parabenizou a Bahia pela iniciativa, destacando a maturidade do Ministério Público na condução do projeto:
“Esse centro não foi criado para atender apenas a demandas internas do MP, mas para responder às necessidades da população baiana.”