Salvador fica abaixo da média nacional em pesquisa sobre acesso a atividades culturais; entenda
O acesso a 13 atividades culturais na capital baiana está abaixo da média nacional, de acordo com a pesquisa Cultura nas Capitais, realizada pela J Leiva em parceria com o Ministério da Cultura e o Governo Federal. A única exceção é o acesso a locais históricos, em que Salvador aparece acima da média.
Divulgado nesta quarta-feira (19), o estudo analisou a participação em 14 atividades culturais: leitura de livros, jogos eletrônicos, cinema, visitas a locais históricos, shows de música, festas populares, museus, bibliotecas, teatro, dança, feiras do livro, circo, saraus e concertos. A pesquisa considerou dados das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.
O levantamento também incluiu 12 recortes sociais. No critério de Cor/Raça, os jogos eletrônicos aparecem acima da média para a população amarela; os livros para a população branca; as feiras do livro para os indígenas; e os locais históricos para as populações preta e parda.
Já no recorte de classe econômica, há variações no acesso às atividades culturais. Para a classe A (renda superior a 15 salários mínimos, segundo o IBGE), os jogos eletrônicos são os mais acessados. Na classe B (renda entre 5 e 15 salários mínimos), os livros lideram. Na classe C (renda entre 3 e 5 salários mínimos), os locais históricos são os mais visitados. Já a classe D/E (renda de até 3 salários mínimos) não registrou acesso acima da média nacional em nenhuma atividade cultural. Além disso, os concertos foram identificados como a atividade com o maior número de pessoas que nunca acessaram.
Entre as 14 atividades analisadas, os livros são os mais consumidos pela população, com 58% de acesso, embora ainda abaixo da média nacional. O único segmento em que Salvador supera a média nacional é o de locais históricos, com 46% de acesso, 1 ponto percentual acima da média brasileira.
As capitais que lideram o ranking de acesso a atividades culturais são Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
