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Déficit do Martagão expõe falta de políticas públicas na Saúde

Cenário da instituição aumenta crise nas filantrópicas do país.

O presidente da Liga Álvaro Bahia (mantenedora do Hospital Martagão Gesteira), Carlos Emanuel Melo, fez a defesa da revisão do modo de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), diante do desafio imposto pelo déficit mensal da instituição. A declaração foi dada ao  programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9) nesta quarta-feira, 1º.

O valor da dívida mensal foi calculado em R$ 700 mil, com base no último ano. Para o presidente, a crise financeira tem origem na tabela defasada do SUS e na falta de políticas e projeções orçamentárias que possam contribuir para a realização dos serviços de pediatria, em especial os de alta complexidade de saúde.   

“A situação impacta na prestação de serviços onde há o maior desequilíbrio econômico e financeiro. A gente tem o custo de R$ 2.220 por diária. E somos remunerados [pelo SUS] entre R$ 1.400 e R$ 1.600. Sendo a gestão do SUS tripartite: Federal, Estadual e Municipal,  ele tem um regramento rígido que precisa ser modificado através de leis, que geralmente são de nível federal e precisam passar pelo Congresso”, disse o presidente.

A exemplo de iniciativas como a Parceria Público-Privada (PPP), no âmbito das instituições filantrópicas, Carlos Emanuel Melo acrescenta que é preciso pensar soluções que tornem possível a manutenção dos serviços prestados por instituições como o Hospital Martagão Gesteira.

No último mês, a instituição fechou 10 leitos de UTI em Salvador, por falta de verba. o equipamento exclusivamente pediátrico é o maior do Norte e Nordeste. 

Fonte: A Tarde.

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