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Atirador do shopping Morumbi deixa prisão após 25 anos; homem cumpria pena no Hospital de Custódia de Salvador

Após 25 anos preso por matar três pessoas e ferir outras quatro no Shopping Morumbi, em São Paulo, Mateus da Costa Meira foi liberado da prisão na semana passada.

Ele cumpria sua pena no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador. O crime aconteceu em um cinema, onde Mateus usou uma submetralhadora para realizar os disparos.

Embora o processo de execução da pena esteja sob segredo de Justiça, o jornal Folha de S.Paulo teve acesso à decisão que autorizou sua desinternação, publicada em 18 de setembro.

O ataque ocorreu em novembro de 1999, quando Mateus, então estudante de medicina com 24 anos, assistia ao filme “Clube da Luta” em uma sessão de cinema em um shopping no Morumbi. Durante o filme, ele foi ao banheiro, onde pegou uma submetralhadora e, ao retornar, disparou diversas vezes contra a plateia.

Em 2004, Mateus foi julgado e sentenciado a 120 anos e seis meses de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. No entanto, três anos depois, sua pena foi reduzida para 48 anos e nove meses.

Conforme a Folha, a decisão que determinou sua soltura se baseou nas novas diretrizes da política antimanicomial, que estabelece que a internação deve ser uma medida excepcional, apenas utilizada quando os recursos fora do hospital forem insuficientes.

Segundo as informações divulgadas, os peritos do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico avaliaram que Meira estava apto para retornar ao convívio social e familiar, recomendando que ele continuasse seu tratamento em uma rede privada vinculada ao seu plano de saúde.

A decisão estipula sua desinternação por um ano, com exigências como seguir o tratamento em rede privada, manter bom relacionamento com familiares, amigos e desconhecidos, e permanecer em recolhimento domiciliar durante a noite.

Mateus cumpria pena no sistema prisional da Bahia e, em 2009, foi acusado de tentar matar um colega de cela com golpes de tesoura. Em 2011, a 1ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador o declarou inimputável, com base em um laudo que diagnosticou esquizofrenia.

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