Azul e Gol avançam em negociações para possível fusão e criação de gigante da aviação brasileira
A Azul e a Gol avançaram em direção a uma possível fusão ao assinarem, nesta quarta-feira (15), um memorando de entendimento que, caso aprovado, resultará na união das duas companhias aéreas. O acordo ainda precisa ser analisado e autorizado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A expectativa é que o processo regulatório leve cerca de um ano, permitindo o início das operações conjuntas em 2026.
De acordo com o BP Money, caso a fusão se concretize, ela dará origem a uma gigante do setor aéreo, com mais de 60% de participação no mercado de passageiros. Apesar disso, há pouca sobreposição entre os destinos atendidos pelas duas empresas.
Em comunicado divulgado na sexta-feira (10), a Azul confirmou que as negociações com a Abra, holding que controla a Gol, “seguem evoluindo”, mas ressaltou que ainda não há um acordo formal.
“A companhia reitera que, até o presente momento, não foi firmado ou formalizado qualquer tipo de acordo, vinculante ou não, sobre operações de parceria ou fusão de negócios com a Gol ou seus acionistas controladores, além do acordo de codeshare já previamente divulgado”, afirmou a Azul.
Essa declaração veio após reportagem do Valor Econômico informar que as empresas estariam elaborando um memorando de entendimento para consolidar a fusão.
A união entre Azul e Gol tem o potencial de transformar o setor aéreo brasileiro, ampliando a malha de conexões, reduzindo custos operacionais e gerando sinergias que podem beneficiar tanto os passageiros quanto as empresas. Contudo, a operação ainda deverá passar por uma análise criteriosa dos órgãos reguladores, devido aos seus possíveis impactos no mercado e na concorrência.