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Veja divulga áudios em que Cid critica PF e Alexandre Moraes, diz que suas falas foram distorcidas e que Bolsonaro ficou rico

A revista Veja surpreendeu na noite de quinta-feira (21) ao revelar antecipadamente sua reportagem de capa, trazendo à tona uma série de áudios explosivos protagonizados pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo Jair Bolsonaro, durante uma conversa com uma amiga não identificada. Nessas gravações, Cid faz diversas revelações e críticas à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Em um desabafo extenso, Mauro Cid alega que suas declarações no acordo de delação premiada foram distorcidas, com informações retiradas de contexto e outras omitidas pela Polícia Federal. Ele critica a conduta dos agentes da PF durante seu depoimento e alega que a instituição já tinha uma “narrativa” pronta, tentando encaixar sua versão aos fatos pré-determinados.

Sobre Alexandre de Moraes, Mauro Cid também não poupa críticas, descrevendo-o como uma figura que detém poderes quase ilimitados, capaz de prender e soltar conforme sua vontade. Ele ainda revela um suposto encontro entre Moraes e Bolsonaro, informação que não consta em seus depoimentos à Polícia Federal.

Os áudios obtidos pela Veja também revelam um Mauro Cid ressentido com ex-colegas de governo e com os prejuízos causados pelos processos judiciais. Ele não poupa críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando os impactos negativos que sofreu em sua vida pessoal e profissional.

Há também uma tentativa de Mauro Cid de justificar sua colaboração com a Polícia Federal e seu acordo de delação premiada, alegando que, caso se recusasse a colaborar, poderia enfrentar décadas de prisão. Ele questiona a coerência das penas impostas e sugere que há uma conspiração contra ele.

A revista Veja analisa os áudios e sugere que há duas versões de Mauro Cid: o colaborador, cujas informações foram cruciais para desvendar tentativas de golpe, e o injustiçado, cujas palavras estariam sendo distorcidas por agentes policiais enviesados. A verdade, segundo a revista, está em algum ponto entre essas duas narrativas.

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